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domingo, 10 de julho de 2011

Próxima missão dos hackers do Anonymous: Entrar para a política

Grupo quer promover partido político afiliado para apoiar seus objetivos, mas pode enfrentar resistência interna; coletivo não tem líderes.

O grupo hacker Anonymous planeja promover um partido político afiliado para atrair pessoas que compartilham de seus objetivos pela luta dos direitos civis, mas não concordam com seus métodos.
A ação é similar à realizada por muitos movimentos de protesto que criaram organizações legais e partidos para representar seus casos nas esferas política, social e legal. Mas a natureza descentralizada do Anonymous, que alega não ter líderes centrais ou estrutura de controle, provavelmente vai dificultar o ganho de suporte de todos os membros.
Aliás, já existem algumas evidências sobre isso.
O grupo havia dito em um vídeo que vai parar de realizar hacks e ataques DDoS (distributed denial of service, ou negação de serviço distribuída), e planeja reestruturar o sistema começando por dentro. “Apesar desses métodos terem sido efetivos em chamar a atenção da mídia para violações dos direitos civis quando nossos números eram pequenos, e tínhamos opções limitadas, agora temos os números para fazer a diferença de forma legal”, disse.
O vídeo postado em 4 de julho (Dia da Independência nos EUA) no YouTube não foi muito bem recebido por alguns membros do grupo. Ele também não evitou que o Antisec, um movimento liderado pelo Anonymous, realizasse hacks e defacing (pichação de sites) em páginas web da Turquia na quarta-feira (6/7).
“Esse (partido) é apenas outro grupo que quer suportar os objetivos do Anonymous. Não vai substituí-lo”, afirmou Testudo Smith, um porta-voz do grupo sobre a intenção de formar um partido político.
Grupo de defesa
Smith disse que a missão do grupo neste ponto é criar um grupo de defesa para fornecer canais legais com os quais o Anonymous possa lugar pelos seus objetivos de liberdade na Internet e direitos civis. Esses canais legais são o que mais fazem falta ao grupo no momento, completa o porta-voz.
Um site criado para o partido Anonymous Party of America lista uma ampla agenda para um partido que amplamente focado na política dos EUA, e vai trabalhar pela transparência e responsabilidade no governo, direitos individuais e bom senso. Ele chama por “qualquer congressista ou senador que ainda tenha um pouco de honra, para sair de seus partidos corruptos e se unir ao nosso chamado para dar um fim ao sistema atual.”
O grupo pode achar difícil ganhar legitimidade se outros hackers, sob a bandeira do Anonymous, continuarem a realizar ataques contra sites e redes de companhias e organizações.
Smith admitiu que fazer com que todos os hackers suportem os objetivos do grupo seria algo difícil. “Nós não temos controle sobre o Anonymous como um todo. Não existem líderes, e seria inútil tentar controlar o Anonymous”, explica.
Mas se a nova frente política ganhar amplo apoio, o grupo tem planos ainda maiores.
“Eventualmente, quando tivermos suporte o suficiente, e se acharmos que essa é a melhor maneira de atingir um impacto político, então vamos nos registrar”, disse Smith, para depois completar que “isso seria algo a muito longo prazo”.
O Anonymous tem sido alvo de ações da polícia em alguns países, incluindo Turquia, Espanha, Itália e Reino Unido. O grupo também é malvisto pela população mais geral que apoia a liberdade na Internet e os direitos individuais, mas não concordam com os métodos do grupo.

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